terça-feira, 29 de dezembro de 2009

UM NOVO ANO, E NINGUÉM SABE PARA ONDE IR!




Um novo ano, e ninguém sabe para onde ir!
Norbert Lieth

Para cada um de nós, o ano novo traz uma pergunta implícita: O que está por vir? O que terei de enfrentar? Como será minha vida neste novo ano? Através da história de Abraão, Deus nos dá mostras de que podemos confiar nEle.

Lemos no chamado capítulo dos heróis da fé: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hb 11.8). O homem de hoje está concentrado em ter garantias e em ter um plano bem organizado. Ele quer saber por qual caminho seguir e se pergunta no que pode confiar. Resumindo: ele quer considerar todas as eventualidades para poder calcular de forma exata e com antecedência quais atitudes deve tomar. Dificilmente alguém estará disposto a ir para algum lugar ou a assumir alguma tarefa sem conhecer os detalhes, sem determinadas premissas e garantias. A história da vida de Abraão também toca a nossa vida. No começo havia incerteza, mas no fim ele se transformou em exemplo e até no pai de todos aqueles que crêem (Rm 4.11). O motivo foi a sua confiança inabalável no Deus vivo e em Suas promessas. A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.

Abraão não podia fazer nada além de acreditar naquilo que Deus lhe dizia. Essa atitude de fé é o mais importante que uma pessoa pode ter. A vida de Abraão foi marcante porque ele obedeceu pela fé e atendeu ao chamado divino. Sua fé foi colocada em prática. Fé e ação andam juntas como o violino e o arco, ou como a chave e a fechadura de uma porta. Se falta uma parte, a outra é inútil, pois não há como tocar uma bela melodia, não há como abrir ou fechar a porta. Abraão tinha “somente” a palavra de Deus. O Senhor chamou-o a sair de seu país, a deixar seus relacionamentos e abandonar tudo o que tinha conseguido até então – sem saber para onde iria. Mas, olhando para o restante da história de sua vida, reconhecemos o maravilhoso objetivo que Deus alcançou com Abraão.

Entramos em um novo ano sem saber para onde ele nos levará. Talvez o Senhor Jesus tenha colocado em seu coração um certo fardo, um desejo de fazer alguma coisa em Seu Nome, e talvez você tenha de dar um passo ousado. Também pode ser que você tenha sido chamado por Deus para executar uma tarefa mas não sabe como continuar nem para onde isso o levará. Abraão simplesmente se pôs a caminho, impelido pelo poder da Palavra de Deus.

No começo deste novo ano é muito importante ter isto diante de nossos olhos: precisamos nos pôr a caminho, juntar forças a cada momento e orientar-nos para o alvo. E nosso alvo são as coisas de Deus. É perfeitamente possível que durante o trajeto sejamos assaltados pelo medo, pois a dor, a tristeza, as preocupações e outros sofrimentos podem surgir em nossa vida. Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus. É exatamente nessa área da nossa vida que a nossa fé no Senhor precisa de um novo impulso.

Depois de listar os heróis da fé (Hebreus 11), a Bíblia nos diz como alcançar o alvo: “...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hb 12.2-3).

Depois que Abraão chegou à Terra Prometida, ele teve de suportar muitos testes de sua fé. Enfrentou a tentação de confiar mais em sua própria carne do que no Senhor que havia lhe dado a promessa. Em algumas situações de crise, tomou as rédeas em suas próprias mãos e foi derrotado. Mas o Senhor, em quem Abraão tinha depositado sua confiança, não o deixou cair. No fim, triunfaram a fé de Abraão em Deus e a fidelidade de Deus para com Seu amigo. O autor da carta aos Hebreus descreve a fé de Abraão com as seguintes palavras: “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hb 11.9).

Nós também podemos, neste ano recém-iniciado, manter a fé nas promessas de Deus, mesmo quando os outros não nos compreendem e mesmo quando nos vêem como “estrangeiros” em seu meio. A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final. O caminho da nossa existência vai da tenda passageira da vida terrena para junto do Deus eterno

O objetivo de vida de Abraão era o mais elevado que uma pessoa pode almejar. Ele não somente sonhava com uma cidade melhor, mas a aguardava com expectativa viva e cheia de esperança: “...porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11.10). Abraão morreu e não conheceu esse lugar durante sua vida na terra, mas ainda assim ele esperava pela cidade eterna de Deus.


Não sabemos quando Jesus voltará; portanto, seria tolo tentar fazer algum cálculo. Mas uma coisa é certa: também neste ano podemos esperar pela volta de Jesus e pela Jerusalém eterna. Quer o Senhor volte neste ano ou não, quer vejamos o Arrebatamento ou tenhamos de morrer antes – o objetivo e a esperança é a vida eterna com o Senhor, que nos comprou por Seu precioso sangue e que voltará para a Sua Igreja. Um dia isto acontecerá: os mortos em Cristo e aqueles que ainda estiverem vivos serão arrebatados para a presença do Senhor (1 Ts 4.15-17) e terão sua morada na Jerusalém celestial (Ap 21.9-10).

Abraão acreditava nessa cidade. E quando foi convocado a sacrificar seu único filho, Isaque, a respeito de quem o Senhor tinha feito tantas promessas, ele “considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Hb 11.19).

Sejamos cristãos que esperam pelo seu Senhor, neste novo ano mais do que nunca! Então valerá também para nós a maravilhosa promessa: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10).

Neste sentido, desejamos a todos os nossos leitores um ano novo ricamente abençoado pelo Senhor. Maranata!

Fonte: Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ONDE ESTÁ JESUS?



Onde Jesus está no Natal?

“Então Maria deu à luz ao seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.” (Lucas 2.7)

Baseado nas palavras dos Evangelhos a iconografia ao longo dos séculos tem romantizado a imagem da família de Jesus em torno da manjedoura. Como a vida imita a arte, muitas vezes não vamos muito além disto: deixamos Jesus na manjedoura. Nesse tempo de advento, mais do que em outros meses, a criança, Deus, volta para a manjedoura... Onde Jesus está? Onde está Jesus neste tempo especial de Advento? Seria melhor perguntar, onde nós o colocamos? Ou melhor, onde nós o deixamos? Fiz esta pergunta para a comunidade e ela respondeu: na manjedoura. De fato, Jesus está na manjedoura. No chão. Deitado. Deixado! Chorando. Costumamos colocar Jesus num lugar onde não incomoda. Pois, enquanto escrevo esta mensagem, ouvimos falar dos alagamentos em SP, do choque de ordem no RJ, do Governador Arruda no Distrito Federal, nos EUA que enviarão mais 30.000 soldados ao Afeganistão nos próximos seis meses. Enquanto tudo isso ocorre, Jesus está deitado e esquecido num coxo onde os animais comem. Assim a arte e os poderes de morte têm pintado o agir de Deus e a inocência de Jesus. Afinal, onde Jesus está no Natal?

No Advento de 2009 recebi da artista plástica de Gurulhos, Edite Straube, uma graciosa pinutra produzido pelas suas próprias mãos e doado à comunidade de Guarulhos. Diríamos uma obra que saiu do coração, pois Jesus não está na manjedoura. Onde está Jesus? Sob a paz do ambiente e o olhar cuidadoso de José, Jesus está no colo de sua mãe. Esquecemos muitas vezes desta cena: antes de Jesus ser deitado na manjedoura ele esteve no aconchego do colo e dos braços de Maria. No silêncio das Escrituras ele esteve também no aconchego do colo e braços de seu pai. Somente depois de muitas carícias, Maria o colocou na manjedoura para dormir em "paz celestial", como diz o hino Noite Feliz.

Às vezes, penso que Ele não esteja dormindo na manjedoura, mas esteja esperando que nós o peguemos e o levemos em nosso coração. Este é o desafio para cada pessoa neste Natal. Tirá-lo do chão, do coxo, da manjedoura e trazê-lo próximo ao coração. Cientes que o menino no colo de Maria é o mesmo que na sexta feira santa é crucificado. Ele dá a sua vida em resgate da humanidade. Ainda podemos ouvir suas palavras ao seu discípulo Tomé: “toque nas minhas feridas”. Quem não quer tocar nas feridas de Jesus nos dias de hoje também não é digno de abraçá-lo. Certamente, Jesus iria chorar se nossas mãos estivessem sujas de corrupção ou manchadas de sangue, se nosso coração estivesse cheio de ódio ou malícia, se na nossa vida não houvesse espaço para a paz com Deus e amor entre as pessoas.

Amigo leitor, Advento chama-nos à manjedoura. Não somente para contemplá-la, mas, sobretudo, para acolher Jesus com fé, pureza e devoção. “... preparai o coração com fé, pureza, devoção! Assim o Rei a vós virá, que vida e salvação dará. Louvado seja Deus, que guia os passos meus!” Amém.

Pastor Edilson Tetzner.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

DIREÇÃO DE DEUS


Direção de Deus

“Porque Tú és a minha Rocha e a minha Fortaleza; assim, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.” (Salmo 31.3)

Quantos já se encontraram em um momento de decisão e, desnorteados, não sabiam o que fazer, para onde ir?

Nossa vida é cheia de momentos assim. Pequenas e grandes decisões precisam ser tomadas rotineiramente em nossas vidas. Escolhas precisam ser feitas e sempre há o caminho mais acertado a seguir. As decisões sempre estão diante de nós, e por mais tementes que sejamos a Deus e atentos ao que Ele quer de nós, estamos passivos a cair no erro.

Podemos escolher entre tantas coisas, desde as mínimas, até as mais complexas. O Senhor nos concede esta liberdade porque nos ama e nos respeita profundamente e independente de nossas escolhas, é certo que Ele estará conosco em todo tempo... tempo de júbilo, por nossos acertos e tempo de lamento, pelos erros cometidos. E é nesse tempo, de lamento, que conseguimos ter a real noção do amor grandioso de nosso Pai por nós, transformando a maldição em benção.

Não quero aqui dizer que o nosso Deus não seja um Deus de justiça. As consequências de nossas decisões erradas existem e são palpáveis, mas, mesmo sem ter participado daquela decisão, o Senhor revela o seu caráter amoroso e nos brinda com a sua misericórdia, trazendo o melhor para nós como resultado final.

Quando as escolhas definem o que somos, elas têm uma importância ainda maior em nossas vidas. Podemos escolher as nossas reações diante das mais diversas situações. Por que não responder com amor a um gesto de ingratidão? Por que permitir que a nossa conduta dependa do “temperamento” do próximo para conosco?

Este não parece ser o amor de Deus revelado por nós.

Que infelizes seríamos se Deus escolhesse depender de nossas atitudes para revelar do seu amor e da sua graça para conosco! Estaríamos perdidos! A cada momento dependemos da misericórdia de Deus porque somos imperfeitos. Nossa natureza insiste em nos impedir de agir plenamente, conforme a pureza e santidade do Senhor, porque foi corrompida pelo pecado original e segue se corrompendo pelas escolhas erradas que fazemos.

Davi pede em oração no Salmo 31 que o Senhor o guie e o encaminhe. Que esta também seja a nossa oração! Que por amor de seu nome, que é a fonte de toda bondade, nos permita alcançar o entendimento e a direção vinda de seu coração para tomar as decisões corretas em nossas vidas!

Que o Senhor seja verdadeiramente a nossa rocha e fortaleza. Que nele, os nossos corações descansem certos da benignidade de seu caráter e de seu imenso amor por cada um de nós.Confiemos neste amor e nas perfeitas e sábias escolhas de nosso bom Deus. Ele é conosco e assim está escrito em Jeremias 29.11: “Porque Eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.”

Confie, entregue, descanse, espere!

Escolha depender do Senhor Jesus. Nele, dependência é sinônimo de poder!

Fonte: Lagoinha.com (Por Ana Cláudia Mara - Jornalista e Radialista # colaboradora do Portal)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ORAR É PRECISO


Orar é Preciso

A vida política do Brasil no segundo semestre do ano que se passou (2005) começou em meio a um turbilhão. Um maremoto avassalador de denúncias sobre corrupção tomou conta do noticiário. As primeiras páginas dos jornais, capas de diversas revistas, em grande parte dos telejornais, a programação das rádios jornalísticas – tudo repleto com informações sobre a lama da ilegalidade. O que os cristãos verdadeiros têm a ver com isso? Teriam os seguidores do Messias algo a fazer? A resposta é sim.
A Bíblia é clara: “Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (1Tm 2.1–3.)
Os discípulos do Senhor no século XXI têm obrigação de orar pelos líderes da nação. Não devem compactuar com as ações dos mesmos, em nenhuma hipótese. Porém, precisam interceder por tais pessoas. É uma ordem clara e objetiva das Escrituras Sagradas. Não é algo a ser feito eventualmente, ou de acordo com as vontades próprias, nem mesmo de acordo com o humor de cada pessoa. Entretanto, é uma ação a ser realizada continuamente.
Deus, por intermédio da sua Palavra escrita, também explica o objetivo destas orações: “Para que tenhamos uma vida quieta e sossegada” (1Tm 2.2). Alguns cristãos odeiam política. Ninguém é obrigado a gostar deste e de nenhum outro assunto. Contudo, todos, sem exceção, devem orar pelos líderes políticos da nação. Isto inclui, surpreendentemente, até aqueles que detestam tal assunto.
A liderança secular do Brasil define como será a vida dos cidadãos. Ainda que este país possua uma democracia bastante ampla, as liberdades individuais não são infinitas ou ilimitadas. Todos devem seguir regras – e as mesmas são definidas pelas leis. São determinações sobre como agir no trânsito, o quanto pagar de impostos, as definições sobre o que é legal e ilegal, quais tipos de união civil são permitidas dentro do território nacional, dentre muitas outras ações.
E quem define todas estas leis? Os políticos. Por isso, os filhos de Deus precisam orar por eles. Obviamente, mesmo clamando ao Criador por tais pessoas, ainda assim os cristãos terão problemas. “No mundo terei aflições”, afirmou Jesus Cristo em João 16.33. Todavia, independente das possíveis tribulações, é preciso clamar a Deus pelas autoridades do país. Assim diz o Senhor, em uma carta do apóstolo Paulo: “Orai sem cessar” (1Ts 5.17).
Fonte: Lagoinha.com (por Leonardo Silva Horta. Jornalista, colaborador do portal)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O QUE FALAM DE VOCÊ?



O que falam de você?

“Ouviam somente dizer: Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que outrora procurava destruir. E glorificavam a Deus a meu respeito.” (Gálatas 1.23-24)

O apóstolo Paulo sempre perseguiu os judeus, crendo que estava fazendo a vontade de Deus, porém certa vez teve um encontro real e genuíno com Ele, que está relatado em Atos 9.

Desse momento em diante, Paulo nunca mais foi o mesmo, desde o momento em que se encontrou com Jesus ele teve uma vida diferente. Às vezes alguns desconfiavam ao ver Paulo pregando e se perguntavam se de fato aquele que perseguia os judeus tinha sido transformado, mas quando ouviam as suas palavras estes iam crendo em Jesus.

Querido leitor, não basta somente ter um encontro com Jesus, é preciso que a sua vida seja transformada, é preciso que as suas palavras mostrem que você é de Deus.

Não basta vir a igreja, é preciso ser transformado.

O que as pessoas comentam a seu respeito no seu trabalho, na sua rua, na sua faculdade? As pessoas comentam que você é uma pessoa que vive em novidade de vida?

Quando você chega no seu trabalho, as pessoas sentem prazer em estar com você? Alguém disse que você mudou depois que você começou a vir para a casa de Deus?

O desejo de Deus é que sejamos pessoas em que todos percebam a mudança que Cristo fez em nossas vidas.

É preciso algo mais do que simplesmente um relacionamento aos domingos com Jesus, é necessário um verdadeiro relacionamento com Ele, pois só assim as pessoas enxergarão a mudança que Deus fez e faz nas nossas vidas e assim glorificá-Lo a nosso respeito.

Devemos em todo momento mostrar a transformação que Deus operou em nós.

O apóstolo Paulo foi transformado, ele ouviu a voz que o chamava, e a sua vida nunca mais foi a mesma e aqueles que o chamavam de perseguidor passaram a reconhecê-lo como um cristão verdadeiro.

O que as pessoas comentam a seu respeito?

A nuvem de testemunhas que está ao seu redor te reconhece como um cristão verdadeiro? Pense nisso, e saiba que o maior beneficiado será você, pois assim como Paulo, Deus poderá contar com você.


Fonte: Getsemani.com.br (Rodrigo Diniz)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mensagem da Canção, JESUS E EU


JESUS E EU
(Zé Marco e Adriano)
Não posso explicar
O que Ele é pra mim
Palavras nunca falarão
Não dá pra imaginar
O Seu amor sem fim
Não cabe no meu coração
Impossível, sobreviver sem Ele
É como abelha sem o mel
Impossivel me imaginar sem Ele
É como a noiva sem o véu
É como a estrela sem o céu
Jesus é Fonte de água viva
Eu sou a sede
Sou uma alma sem descanso
Ele é a rede
Jesus é a Rosa de Saron
Sou beija-flor
Eu sou um coração amando
Ele é o amor.
(Compositor: Adriano)

Clip JESUS E EU - Zé Marco e Adriano (By Silvano)

Zé Marco & Adriano


Louvor JESUS E EU (Zé Marco e Adriano),
gravado no dia 07/set/2009
no Show Gospel da 1ª Expobelga em Ilhota - SC,
Por: Silvano Souza Luz

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Ligação Com Sião: Um Mandamento Bíblico.


Quando Abrão obedeceu a Deus e partiu de sua amada terra natal, Deus o guiou a uma nova terra, exatamente como tinha prometido. Logo que Abrão chegou a ela, o Senhor (Yahweh, Javé) lhe apareceu e disse: “Darei à tua descendência esta terra” (Gn 12.7). Desde o momento em que chegou àquele pequeno pedaço de terra às margens do Grande Mar, a identidade de Abrão – bem como a de seus descendentes – ficou ligada àquele lugar.

Falando através de Seu profeta Jeremias,
o Senhor insistiu que antes quebraria Sua aliança
com relação ao ciclo do dia seguido pela noite, do
que Sua promessa de restaurar Israel à sua terra
(Jr 33.25-26).

A promessa daquela terra, feita pelo Senhor em Gênesis 12.7, foi a primeira de muitas. Por várias e várias vezes Ele reiterou Sua promessa de aliança com a nação descendente de Abraão. Por muitas vezes, esses lembretes e reafirmações do relacionamento através da aliança incluíram referências explícitas à terra que Deus havia prometido àquele povo. Somente no livro de Deuteronômio, enquanto o povo estava na divisa da terra, o Senhor lhe lembrou dezoito vezes que a havia prometido a ele. O tema é tão constante que ha-aretz (a terra, em hebraico) é o quarto substantivo mais usado no Antigo Testamento.

Por diversas vezes, inclusive de forma dramática, a promessa foi reiterada. Quando Yahweh firmou a aliança com Abraão, passando em meio aos pedaços de animais sacrificados a fim de estabelecer a inviolabilidade de Suas promessas, a garantia específica foi: “À tua descendência dei esta terra” (Gn 15.18). Mais tarde, falando através de Seu profeta Jeremias, o Senhor insistiu que antes quebraria Sua aliança com relação ao ciclo do dia seguido pela noite, do que Sua promessa de restaurar Israel à sua terra (Jr 33.25-26). Resumindo, a realidade das promessas não pode ser negada. A terra, e tudo o que ela contém, pertence a Yahweh (Sl 24.1), porém, Deus fala de uma forma especial sobre o pequeno Israel: “a terra é minha” (Lv 25.23). Deus é o dono daquela terra, e Ele a deu a Israel. As Suas promessas concedendo aquela terra a Israel são eternas, imutáveis e irrevogáveis (Hb 6.13-18).

Contudo, entre os que crêem na Bíblia há ainda hoje um grande debate sobre a questão se os judeus têm ou não o “direito” a Eretz Israel (a terra de Israel). Lendo as Escrituras, muitos cristãos questionam a afirmação de que Israel tem, de fato, ainda hoje, o direito dado por Deus de possuir a terra que Ele lhe prometeu tantas vezes e tão claramente. Assim, eles também negam que os crentes tenham o dever de apoiar Israel em sua luta. Qual a razão disso?

Acho que existem três explicações possíveis:

A primeira é pura e simples negligência. Um número espantoso de filhos de Deus sinceros e nascidos de novo, simplesmente não dá muita importância ao relacionamento atual entre Deus e o Seu povo escolhido. Na verdade, uma das decepções mais lamentáveis e impressionantes quando analisamos a história cristã é constatarmos a capacidade dos crentes do Novo Testamento de esquecer que, espiritualmente, estão sendo levados nos ombros do povo com quem Deus celebrou a aliança – Israel. Essa tendência de amnésia espiritual tornou-se menos expressiva no século passado, devido à grande obra que Deus realizou restaurando Israel à sua terra. Mas, mesmo assim, ainda existem muitos que, ao ponderarem a questão do direito dos judeus ao pequeno pedaço de terra que hoje possuem em parte, não param para considerar as promessas das Escrituras que dizem respeito a esse assunto.


Lendo as Escrituras, muitos cristãos questionam a afirmação de que Israel tem,
de fato, ainda hoje, o direito dado por Deus de possuir a terra que
Ele lhe prometeu tantas vezes e tão claramente.

A segunda explicação é “a teologia da substituição”. Ela ensina que “a Igreja tomou o lugar de Israel enquanto nação, como receptora das bênçãos de Deus”, dizendo que “a Igreja cumpriu os termos das alianças feitas com Israel, que os judeus rejeitaram”, e que, portanto, a nação judaica perdeu todo e qualquer direito que possuía com base nas promessas que Deus lhe fizera.[1] Embora este não seja o momento para discutir tal assunto, é suficiente dizer que a teologia da substituição começa onde deveria terminar, e termina onde nunca deveria ter chegado. Isto é, ela começa com o Novo Testamento, insistindo que o Antigo Testamento não tem significado algum, a não ser quando interpretado pelo Novo Testamento. Dizendo que Jesus e os apóstolos são a única fonte confiável da verdade, a teologia da substituição conclui que, se o Novo Testamento [supostamente] mostra que algo no Antigo Testamento não era o que Deus realmente queria dizer, teremos de aceitar que o Novo Testamento pode desmentir o que consta no Antigo Testamento. Por outro lado, a teologia da substituição termina insistindo que as promessas de Deus não são tão confiáveis como aparentam ser. Porém, é melhor deixar que a Bíblia fale por si mesma, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. É melhor reconhecer que Jesus, que é a verdade, não se referiu a Si mesmo como uma fonte de verdade mais segura que as Escrituras. Ele nunca teria ensinado nada contrário às afirmações claras das Escrituras hebraicas que tanto amava. É melhor lembrar que, qualquer que seja a parte das Escrituras que estivermos estudando, Deus espera que relacionemos tudo que Ele revelou no passado e que tratemos essa revelação anterior não como uma massa qualquer a ser moldada da forma que quisermos, mas como palavras do próprio Deus, que têm autoridade e são verdadeiras. As promessas de Deus são verdades eternas. Elas não podem ser adulteradas ou postas em dúvida por nada e por ninguém, muito menos pelas palavras posteriores do mesmo Deus imutável!
Mas ainda há uma terceira explicação para o ceticismo de alguns cristãos quanto ao direito dos judeus sobre a terra que Deus lhes prometeu. Eles alegam que a nação de Israel foi posta de lado judicialmente, de forma temporária. Na verdade, Deus não rejeitou permanentemente o Seu povo (Rm 11.1), mas os ramos naturais foram quebrados e um dia eles serão enxertados novamente (Rm 11.19-24). Admitindo o fato de que, no futuro, a nação será restaurada em sua terra, alguns cristãos acreditam, mesmo assim, que o julgamento atual de Israel mostra que os judeus perderam temporariamente seus direitos sobre a terra. Portanto, os crentes não são obrigados a apoiar Israel em sua luta.

A “teologia da substituição” diz que “a Igreja cumpriu os termos
das alianças feitas com Israel, que os judeus rejeitaram”,
e que, portanto, a nação judaica perdeu todo e qualquer
direito que possuía com base nas promessas
que Deus lhe fizera.

Entretanto, essa perspectiva é seriamente equivocada. Ela reconhece corretamente que, de alguma forma profunda, Deus deixou Israel de lado, e que hoje o povo judeu não goza do mesmo relacionamento da aliança que já teve com o Senhor. Além disso, essa posição vê o julgamento de Israel, corretamente, como apenas temporário e, portanto, compartilha da esperança de seu arrependimento nacional e da sua restauração. Ela ignora, contudo, o que a Palavra de Deus diz sobre o relacionamento entre Deus e os judeus durante este período em que Israel está temporariamente cego.

Como devemos compreender o relacionamento atual de Deus com Israel? Na minha opinião, o melhor lugar para se procurar ajuda a respeito desse assunto é o notável e agradável livro de Ester. De fato, sua história é tão encantadora que o foco teológico e histórico central acaba passando despercebido. Esse ponto central fala sobre o assunto de que estamos tratando.
Pense rapidamente sobre a história: Ester, uma jovem judia, foi participar de um concurso de beleza, o que era totalmente inadequado para quem estava proibida de se casar com alguém que não compartilhasse da mesma fé. Se ganhasse o concurso, ela se casaria com o rei e se tornaria rainha da Pérsia. Mordecai, seu primo mais velho e pai adotivo, era um funcionário da corte do rei e aconselhou Ester a manter sua identidade judaica em segredo, para que pudesse sobreviver, caso necessário, no mundo dos gentios. Afinal, essa tinha sido a estratégia do próprio Mordecai. Então, Hamã criou uma trama terrível para matar todos os judeus daquela terra.

Quando Mordecai soube a respeito, repentinamente sua herança judaica tornou-se mais importante para ele e o levou a buscar fazer tudo que estivesse ao seu alcance para impedir tal atrocidade. Como Ester estava em uma posição estratégica, eles elaboraram juntos um plano para revelar ao desapercebido soberano a maldade que estava para acontecer no seu reino. O problema é que Ester não se encontrava bem preparada para o papel que teria de desempenhar, e o plano teria realmente fracassado se não fosse por uma série de coincidências absolutamente impressionantes. Por acaso, o rei não conseguiu dormir e mandou chamar seus servos para lerem o livro de registro das crônicas. Por acaso, eles leram um trecho que falava sobre uma ocasião em que Mordecai tinha salvado a vida do rei. Mais tarde, naquela noite, aconteceu que o rei, cujo coração já era favorável a Mordecai e Ester, ficou sabendo do plano maligno de Hamã e que Mordecai e Ester eram judeus. Enraivecido com a atitude de Hamã, o rei ordenou a sua execução. Por coincidência, ele foi enforcado na própria forca que havia mandado construir naquele dia [para matar o judeu Mordecai].

Creio que o Senhor deseja que leiamos o livro de Ester como a representação do grande paradigma do Seu relacionamento com o povo da aliança – e do relacionamento dos judeus com Ele – durante os anos em que estiverem “deserdados” judicialmente da bênção completa dessa aliança. Considere os paralelos: no livro de Ester, os personagens principais são duas pessoas de origem judaica, que haviam abandonado seu relacionamento com Deus e estavam determinados a fazer o possível para ter sucesso no mundo gentio. Mas ainda havia um resquício de judaísmo neles, que se manifestou na determinação em não permitir que o povo judeu fosse destruído.


Ester diante de Assuero. Pintura de Nicolas Poussin.

O paralelismo com a realidade do povo judeu nestes últimos dois mil anos não poderia ser mais exato. Seja por escolha própria ou por coação, os judeus tiveram de conquistar seu espaço em um mundo gentio hostil, e conseguiram mostrar que são muito habilidosos neste aspecto. Durante séculos, uma das ameaças mais constantes para a sobrevivência do povo judeu se encontra dentro deles mesmos: o impulso de assimilação. Mas quando surgia uma ameaça externa, a assimilação era abandonada, o judaísmo era orgulhosamente reafirmado e todas as energias eram direcionadas para libertação do povo de qualquer destruidor.

Agora, voltemos ao livro de Ester. O que nos chama mais a atenção nesse livro? O nome de Deus nunca é mencionado. Isso não foi porque Ele não estava agindo; mas porque se ocultava de todos, menos dos que criam nEle. Na verdade, foi Yahweh que tirou o sono daquele monarca e que guiou as mãos dos servos enquanto desenrolavam os rolos dos registros das crônicas. Resumindo, foi Deus quem libertou os judeus de Hamã, tanto quanto foi Deus quem libertou os judeus de Faraó. No caso de Hamã, contudo, é necessário ter os olhos da fé para ver a mão do Todo-Poderoso em ação.

Voltando para Israel nestes últimos dois mil anos: desprezado e perseguido, apesar disso sobreviveu como um povo. Nos últimos cinqüenta anos, foi vitorioso em três memoráveis guerras e continua a sobreviver como nação. Os não-crentes e céticos atribuem essas vitórias à coragem do povo e à pura sorte; os crentes reconhecem novamente a mão discreta mas poderosa de Deus, que prometeu preservar o Seu povo.

Apesar de desprezado e perseguido nestes últimos dois mil anos,
Israel sobreviveu como um povo. Nos últimos cinqüenta anos,
foi vitorioso em três memoráveis guerras e continua a sobreviver
como nação.

Agora, retornemos à questão inicial: os crentes devem apoiar Israel em sua luta pela terra? Creio que a mesma pergunta pode ser feita de uma forma um pouquinho diferente: se vivesse na corte persa há 2.500 anos atrás, você estaria do lado de Hamã ou do lado de Ester?


Douglas Bookman é palestrante de The Friends of Israel.
Nota: 1. H. Wayne House,
“A apropriação das bênçãos de Israel por parte da Igreja” Israel: The Land and the People, p.78).

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, setembro de 2003.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

IGREJA SURDA


Igreja Surda

Sou um detalhista em mensagens. Aprecio aquelas que são consistentes, bem construídas, com as ilustrações corretamente escolhidas e aplicadas, sabendo dosar vara e cajado, lei e graça, juízo e misericórdia, doutrina e espiritualidade, humor e seriedade, riso e lágrimas, reflexão e compromisso.

Tenho observado com freqüência, freqüência mesmo, Deus falando clara e objetivamente em muitas mensagens. É óbvio que algumas mensagens também são ruins, sem sentido, sem nexo, sem propósito, sem um mínimo de conteúdo, estas deixemos de lado. Neste texto meu foco está nas boas mensagens.

Particularmente na comunidade onde Deus tem colocado a mim e a minha família, tenho ouvido a voz do Espírito. Mas eu sei que em outras tantas e inúmeras comunidades a voz do Espírito também tem falado.

Mas não é só nas igrejas. Deus é criador do universo e manda em sua criação, Ele tem falado através das pedras que não param de clamar. Fatos e eventos vão se renovando a cada semana. Em cada episódio é possível perceber o movimento do céu dizendo algo, alertando, avisando, repreendendo.

Minha opinião não é única. Outras pessoas têm me falado e confirmado sobre o poderoso falar de Deus. Com sensibilidade, muitos têm escutado a voz de Deus através das mensagens comprometidas com a Palavra e, como conseqüência, proclamadoras da vontade soberana e inegociável do Pai.

Sendo assim, qual o problema? Por que tão poucos estão ouvindo? Se Deus tem falado, porque as pessoas não têm escutado?

Olhe para os cristãos sem maquiagem. Isso mesmo, retire a maquiagem fácil que faz qualquer um parecer crente. O que sobra? A imagem nua e crua é assustadora, pois sobra uma parcela enorme de freqüentadores de igreja perdidos, vacilando entre o santo e o profano, o fazer e o não fazer, a luz e as trevas. Teria a luz perdido sua força? Diminuído? Absolutamente não! A tragédia está na surdez.

Esta grande parcela de cristãos perdidos dentro das igrejas é aquela que perdeu a capacidade de ouvir, formando uma enorme igreja surda. Trata-se de pessoas que freqüentam regularmente uma igreja, vão por costume e opção mais social que espiritual. Criticam hinos desafinados, louvores pobres de melodia. Dão um gelo e gelam na oração. Usufruem os aperitivos da vida comunitária, mas querem distância da comunhão, de preferência sem nenhuma interferência bíblica na vida privada, afinal, intimidade é intimidade, oras! Gente que se ilude com sua fofa independência, julgando-se suficiente para dominar todos os rumos da própria vida.
Esta surdez já fora percebida e reclamada por profetas, apóstolos e pastores, cada um pregando em sua geração, falando para muitos, mas sendo ouvidos por poucos. Todos, profetas, apóstolos e pastores choraram diante da incapacidade auditiva do povo.

Para se entender esta "incapacidade", é melhor usar a palavra "insensibilidade". O homem facilmente ouve as vozes que garante prazeres, riquezas, orgias, vantagens. Porém, com muita dificuldade percebe as vozes de amor que tentam se comunicar com ele. Estas vozes de amor são erroneamente julgadas como sendo vozes chatas, cansativas, retrógradas, ultrapassadas, tontas. De onde vêm estas vozes de amor? Normalmente de pais preocupados, pastores tementes a Palavra, professores-mestres, amigos que corajosamente mostram defeitos.

Assim, uma igreja surda vai se formando. Como não ouve também não fala. Consequentemente o evangelho pára. Pouquíssimos são os jovens que estão se aventurando a falar de Cristo nos espaços Ouvir, na Bíblia, é prestar máxima atenção, é meditar, é questionar, é viver antenado para aquilo que o Pai, autor e mantenedor da vida quer falar, é, enfim, praticar.

Como disse, a surdez é antiga. Tanto é assim que todas as sete cartas do Apocalipse traz a advertência: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas". Ap. 3.22.

Mas não é só no Apocalipse. Esta advertência aparece em muitas outras passagens bíblicas, por isso o aviso: "Preste atenção naquilo que Deus está falando! É para o teu bem e tua salvação!"

Se nos tempos bíblicos uma parcela da igreja era surpreendentemente surda, que dirá agora!

Qual igreja é a sua? A que ouve ou a surda? Experimente calar sua ansiedade e sede de satisfazer o seu eu. Experimente dizer: Fala, Senhor, que o teu servo ouve! Não conte pra ninguém sobre esta oração, vá com este propósito para sua igreja, ouça com o coração e o intelecto cada louvor e Palavra.

Ao final do culto você perceberá que Deus falou com você. Se ficarem dúvidas confirme na Palavra, se for de Deus pratique, mude, arrependa-se. Ouça com temor, deixe de fazer parte da igreja surda. Às vezes, a frieza que criticamos vir do púlpito pode muito bem estar em nós, em nosso corrompido e surdo coração. Quem tem ouvidos, ouça.

Pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

Contatos com o Pastor Edmilson Mendes:
mendeslongo@uol.com.br
http://www.mostreatitude.com.br/


sexta-feira, 22 de maio de 2009

O QUE VEM DEPOIS DA LEI DE "HOMOFOBIA"


VOCÊ VAI PERMITIR?
(¿Usted lo permitirá?)

Pastor Hector Muñoz Uribe - Concepción/Chile

Tradução de João Cruzué


O que você diria se um homossexual entregasse a "teu" filho de oito anos um “manual” para convencê-lo de que suas condutas [homossexuais] são inteiramente normais? Que diria você se esse “manual” lhe inculcara que as condutas homossexuais não são aceitas por culpa da Igreja e da moral cristã que você tem ensinado?


Que diria você, se soubesse que esse “manual” vem acompanhado de um cursos, que inclui algumas “tarefas” como fazer um convite para um homossexual vir a sala de aula para que explique suas próprias experiências, ou pior ainda, efetuar visitas a organizações de homossexuais, onde se lhe explicará com todos os detalhes como se deve “assumir” a homossexualidade?


E, que diria você se o Ministério da Educação (do Chile) outorgasse um respaldo oficial a este “manual” dando-lhe boas vindas, como acaba de fazê-lo a chefe do Departamento de Educação Extracurricular do Ministério de Educação, Magdalena Garretón: “São muito bem-vindos os materiais para ensinar sobre este tema” (publicado no Jornal El Mercúrio em 28 de abril de 2009) ainda que o MEC – Chileno não o respalde?


Tal situação não é uma mera possibilidade. Ao contrário, é muito provável que seu filho deva estudar o manual “Educando na diversidade, orientação sexual e identidade de gênero” editado pelo “Movimiento de liberación homossexual [do Chile] e financiado pelo governo socialista de Extremadura (Comunidade Autônoma da Espanha, cuja Capital é Mérida) e pelo “Movimiento homosexual Triángulo”, também da Espanha.


Esse “manual” se destina, em uma primeira edição, a 250 colégios da Região Metropolitana de Santiago para crianças desde a 7ª séria do ensino fundamental até o 4º ano do ensino médio, além de oferecê-lo gratuitamente em página da WEB.


Seu objetivo é acostumar aos meninos, e entre eles pode estar “teu” filho, com as condutas homossexuais, acabar com qualquer objeção de consciência a essas condutas e, por último, a quem já tenha sido pervertido por suas diretrizes, a “sair do armário” publicamente. Ou seja, uma apologia da homossexualidade.


Mas este "manual" não fica apenas na teoria. Explica também a meninos e meninas que em seu "processo de auto-conhecimento" se deve destruir a "homo-transfobia-interiorizada", acabar com o recato e a vergonha sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero.


Em poucas palavras, isto significa que os ativistas homossexuais trataram de convencer a muitos meninos, que se encontram em uma fase de amadurecimento incipiente, de que são homossexuais sem sabê-lo, e que mais adiante se devem comportar como tais.


Posteriormente lhes mostra, nesse processo de "auto-conhecimento", que poderão ter experiências "de intimidade com pares homossexuais ou transexuais e, finalmente, lhes recomenda, a "saída do armário", ou seja, que proclamem sem vergonha sua condição homossexual.


Segundo o "manual", a principal culpada da discriminação aos homossexuais é a influência do cristianismo. Uma das religiões que consideram a homossexualidade com um pecado que atenta contra a moral e os bons costumes.


O "manual" explica aos meninos que "o pecado é um conceito religioso que somente se baseia na Bíblia, em texto "não conclusivo".


A consequência é que "teu" filho, na medida que se deixe induzir por ativistas homossexuais, se convencerá da "normalidade" de tais condutas, e terminará inevitavelmente rechaçando qualquer influência moral da religião, por crer que esta é a causadora de todas as discriminações.


Toda esta incitação à imoralidade e instigação à apostasia da moral cristã está sendo financiada pela Junta de Extremadura do PSOE (partido político da Espanha) e pela fundação espanhola "Triángulo" de lésbicas e homossexuais para impor sobre o Chile o que hoje já é lei na Espanha: as uniões civis homossexuais e a adoção de crianças por parte desses "casais".


Mas o objetivo do Movimento de Homossexuais (Movilh) é que o Ministério da Educação - 0 do Chile - incorpore o manual para lhe dar uma distribuição nacional. Segundo eles, o Movilh com esta publicação está "fazendo as vezes" do MEC-Chileno.


Afirma o "Movilh" que há jovens que estão solicitando sua publicação em todas as províncias chilenas (de Arica a Punta Arenas) sem embargo, uma política educação sexual para estudantes via Ministério da Educação ( CNN Chile, 18 de abril, 2009)


Isto é uma clara pressão para que o Governo do Chile "encampe" este manual como um texto educativo para todo o país. Tal eventualidade é bem provável, uma vez que o grande financiador das atividades do "Movilh" é precisamente o governo do Chile.


Ademais, o próprio Ministério de Educação do Chile já deu as "boas-vindas" a este péssimo manual e no passado recomendou um livro de conteúdo muito semelhante que aconselhava aos meninos: "Faça contato com alguma pessoa homossexual que você conheça. Se puder, convide-a para conversar em seu curso no colégio" ("Cambiando de Piel" - edição "La morada" 1997).Pense um pouco em "teu" filho, ou em "tua" netinha.


Pense na pressão do ambiente desse curso, nas burlas e sanções, se se obstina em considerar que as condutas homossexuais são "intrisicamente desordenadas" ou simplesmente, um pecado, como sempre tem ensinado a Igreja cristã.


Resistirá?


Este "manual" é uma clara incitação à apostasia da moral cristã e da fé, e um curso de perversão sexual para as crianças; para seu filho e para sua filha e faz parte de uma campanha para descristianizar o Chile desde suas próprias raízes.


E não pense que se você os matricular em um colégio cristão estarão a salvo desta influência. O "manual" foi redigido graças a uma "experiência piloto" realizada em vários colégios, entre os quais, o "Alma Matar" e o "Monsenhor Enrique Alvear", que dizem ter uma orientação católica.


É necessário e urgente exercer uma presão sobre o Ministério da Educação para impedir que aqueles que pretendem dar um respaldo oficial a este "manual" tenham êxito. Se a Ministra da Educação não vir, de parte dos pais de família uma forte reação contra esta campanha de pervertimento de nossos filhos, terminará por ceder diante das pressões do movimento dos homossexuais.


As declarações de boas-vindas da chefe do departamento de Educação Estracurricular do Ministério da Educação Chileno, Magdalena Garretón, a este material, são um claro indício de que se pretende aprovar oficialmente esta publicação.


Por esta razão, é urgente que você faça chegar agora mesmo seu protesto a Senhora Ministra e re-envie este email a todos seus conhecidos. Envie agora mesmo seu protesto. Emails e cartas o mais que puder. Que o Chile se informe da verdadeira realidade.


Email recebido do Pastor Hector Muñoz.


Original em espanhol: Blog Mirar Cristiano


Comentário :
Hoje isto está acontecendo no Chile; amanhã, provavelmente, poderia acontecer no Brasil. Vejo uma Igreja cristã brasileira indiferente e pouco engajada. Do outro lado, o exército dos "amalequitas" está formado. Financiado com recursos públicos. Dos impostos que nós, cristãos, pagamos. Financiado com recursos de países e organizações estrangeiras. A Igreja brasileira não está levando em conta o tamanho do mal que está por vir. Para combater isso não basta orar. Nem se omitir; justificar que o mundo jaz no maligno. Você deve isto a seus filhos. A seus netos. É preciso se mexer dentro do exercício do jogo democrático. Protestar. Espernear. Engana-se quem pensa que, se a Lei da "homofobia" passar, o ativismo homossexual vai se arrefecer. O que está acontecendo no Chile mostra que não. Há uma estratégia planejada para exigir a mudança constitucional para legalizar o casamento homossexual. Com a lei da "homofobia" aprovada, o caminho fica livre. E se a lei mudar, pode amparar o casamento homossexual dentro da sua Igreja. Acorda e protesta!
(João Cruzué)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Coração de Marta no Mundo de Maria


O Coração de Marta no Mundo de Maria
Por Esdras Costa Bentho

Uma homenagem a Missionária Eva Maria


Ao lermos embevecido as magistrais páginas do Novo Testamento, encontramos personagens que inspiram-nos a viver a vida cristã em sua dimensão mais profunda. Dentre esses se des-tacam intrépidas mulheres, que apesar de viverem na sociedade patriarcal hebraica, demons-traram ousadia em professar a sua fé. Os nomes das que se assentam na galeria neotesta-mentária somam-se às dezenas, os das anônimas, às centenas. Nem mesmo a história de um povo e de uma época machista, pode apagar as pegadas históricas da mulher que teme e ama a Deus (Mt 26.13).

Marta, a Anfitriã de Betânia (Lc. 10 - 38 e 42).

Os limítrofes de nossa inquirição exalam o perfume adocicado de uma rara flor denominada ‘Marta’. Seu nome, procedente da língua aramaica (Martâ’), persiste através do idioma grego ou koinê (Martha). O declínio das duas línguas que perpetuam o nome da irmã de Lázaro não foi capaz de eclipsar o intenso brilho de seu testemunho e serviço ao Messias. De significado vigoroso, Marta ou senhora, era a irmã mais velha entre os seus irmãos (Lc 10.38). Seu nome, longe de ser um apelativo, a situava dentro do papel social da família judaica daqueles dias. Era a ‘senhora’ responsável por todo o formalismo cerimonial da recepção judaica ao se receber em casa um conviva. Esse fato tem sido incompreendido por aqueles que vêem na amorosa admoestação de Jesus em Lucas 10.41,42, uma repreensão acre ao caráter pragmá-tico de Marta.

Receber um rabino em casa era uma tarefa hercúlea que exigia esforço e completa dedicação. Não se pode roubar o perfume de uma flor, muito menos extinguir os méritos sacrificiais de uma mulher que ama ao Senhor através de seus serviços. Marta, semelhante a sua irmã, Ma-ria, assentava-se aos ‘pés de Jesus’ e ‘ouvia a sua palavra’, mas sua responsabilidade como anfitriã a distraia (Lc 10. 39,40). Estava bifurcada em dois sentimentos opostos: o de adorar através de seu serviço, ou similar a Maria, por meio de seu amor atencioso. Marta, a senhora, estava só e sobrecarregada de afazeres impostos pela etiqueta social, não era vilã, mas cor-dial e principesca (Lc 10.40). O serviço de Marta garantia a tranqüilidade da adoração de Ma-ria, assim como as ocupações litúrgicas de várias mulheres cristãs anônimas permitem a ado-ração daqueles que adentram a nave dos templos evangélicos. As filhas de Marta são como as colunas dos grandes edifícios modernos, não aparecem, mas sustentam toda a estrutura. As-sim como Jesus amava a Marta, ama as mulheres cristãs que se consagram ao seu serviço: “Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” e a você, filha de Marta (Jo 11.5).

A Confissão de Marta (Jo 11. 19–30).

O hálito gélido do vento leva o perfume das pétalas da flor, assim como Marta foi levada a Jesus pelo falecimento de seu irmão Lázaro (Jo 11.19,20). Os ventos outonais da vida, assim como o aluvião das chuvas de verão, não apenas trazem consigo a dor, mas também disse-minam as sementes da esperança. O mesmo vento que arrasa e a mesma inundação que ar-rasta, são os mesmos que levam a vida a solos estéreis.

O caráter, idoneidade e fé da “senhora de Betânia” são provados diante da ruptura da vida e do laço com a morte. Um rio em condições normais deposita sedimentos não visíveis aos olhos desatentos, mas agitando-se a água todo o resíduo emerge de suas profundezas.

Dificilmente se reconhece a fé e firmeza de uma mulher cristã, quando esta apenas recebe bênçãos, mas vindo a adversidade todo o substrato do seu interior se manifesta, que pode ser tanto límpido quanto turvo.

A Maria coube-lhe o mérito do amor sacrifical demonstrado pelo seu gesto profético em João 12.3, mas a Marta o de na tempestade articular a segunda declaração de fé cristológica, se-melhante a do apóstolo Pedro em Mateus 16.16: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao Mundo”.

Um sentimento acre-doce, pesar e esperança, apropriou-se de Marta. Estático, não muito dis-tante de sua casa, o cheiro de morte, forçava a rocha sobre o túmulo. Em movimento cres-cente exalava o perfume da vida em direção a Marta (Jo 11.20). Maria, sua irmã, permanecia ouvindo as lamúrias das carpideiras, enquanto Marta vai ao encontro de Jesus. Duas coisas a “senhora de Betânia” sabia: que tudo quanto Jesus pedisse ao Pai, Ele o faria, e que haverá ressurreição no último dia (Jo 11.22,24). Marta na adversidade, não se recolheu, mas creu. No sofrimento não ficou estática - essa é a posição de quem está morto -, porém superou as intempéries, e foi em direção à vida que não estava distante dela, assim como não estava de Maria (Jo 11.20,28). O sofrimento revelou que no íntimo de Marta, havia muito mais do que aquilo pelo qual ainda hoje ela é medida – serviço. Este, ao contrário, não era impulsivo, mas movido por plena fé e urgência sacrifical.

O Verdadeiro Culto Cristão (Jo12. 1-11).

Os elementos necessários a um verdadeiro culto evangélico podem ser percebidos na passa-gem joanina em epígrafe. O local é a aldeia de Betânia, conhecida como “casa de tâmara”, que representa em João, a comunidade dos restituídos. A primeira restituição e a de Simão, o anfitrião da ceia. Este, anônimo no Evangelho de João, é conhecido pela comunidade dos dis-cípulos por “Simão o leproso”. Uma leitura despretensiosa de Levítico 13 demonstra como o leproso está desqualificado a viver em comunidade: afastado de sua família e da comunhão religiosa. Entretanto, este homem é restituído não somente à saúde física, mas também à comunidade, através de seu encontro com Jesus. Ele nos ensina o primeiro elemento neces-sário ao culto cristão: a gratidão. Verdadeiros adoradores agradecem ao Senhor em todo o tempo (Sl 103).

O segundo personagem é Lázaro, o ressuscitado. Este foi reintegrado à vida. O cheiro de morte é dissipado pela fragrância da vida. Está reclinado à mesa com Jesus, ensinado-nos que numa verdadeira adoração, os adoradores têm expectativa. Lázaro está atento às palavras de Jesus. Na oração dominical somos ensinados a orarmos com expectativa: “Venha a nós o teu reino” (Mt 6.10).

Marta, a “senhora de Betânia”, serve. A verdadeira adoração não se limita ao amor de Maria, a gratidão de Simão, ou a expectativa de Lázaro, mas transcende através do serviço: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10). É por esta razão que Paulo afirma que aquele que recebeu o dom de serviço deve servir (Rm 12.7).

Marta serviu ao Senhor, assim como você o serve, quando prepara na cozinha
o alimento pa-ra aqueles que adoram, ou quando cuida da higiene do templo para receber a igreja de Cristo.
É uma honra para a mulher cristã ser Marta.


Fonte: CPAD - www.cpad.com.br
Esdras Costa Bentho é autor dos seguintes livros publicados pela CPAD:
Hermenêutica Fácil e Descomplicada
A Família no Antigo Testamento

quinta-feira, 30 de abril de 2009

CLIP Nani Azevedo - A Ele, a Glória!


A Lei Mosaica e Seu Significado Atual



Cristãos renascidos precisam obedecer à Lei de Moisés ou estão dispensados de cumpri-la?

Há algum tempo fomos questionados por que escrevemos tão pouco sobre o cumprimento dos Dez Mandamentos, que seria muito importante para receber a bênção de Deus. Perguntas assim confirmam a insegurança que existe entre os crentes em relação à observância da Lei de Moisés.

Na Igreja de Jesus surgem perguntas como: “Ainda devo guardar a Lei?” “Os Dez Mandamentos são obrigatórios?” “Devo guardar o domingo?”, etc. Existem muitas dúvidas em relação à Lei e nossa posição diante de suas exigências.

C.H. Mackintosh diz acertadamente em seu livro “Estudos Sobre o Livro de Êxodo” (da Série de Notas Sobre o Pentateuco):



A Lei e a Graça

É da maior importância compreender o verdadeiro caráter e o objeto da lei moral, como nos é apresentada neste capítulo [Êx 20]. Existe uma tendência do homem para confundir os princípios da lei com graça, de sorte que nem a lei nem a graça podem ser perfeitamente compreendidas. A lei é despojada da sua austera e inflexível majestade, e a graça é privada de todos os seus atrativos divinos. As santas exigências de Deus ficam sem resposta, e as profundas e múltiplas necessidades do pecador permanecem insolúveis pelo sistema anômalo criado por aqueles que tentam confundir a lei com a graça. Com efeito, nunca podem confundir-se, visto que são tão distintas quanto o podem ser duas coisas. A lei mostra-nos o que o homem deveria ser; enquanto que a graça demonstra o que Deus é. Como poderão, pois, ser unidas num mesmo sistema? Como poderia o pecador ser salvo por meio de um sistema formado em parte pela lei e em parte pela graça? Impossível: ele tem de ser salvo por uma ou por outra.

Em que consiste a Lei de Moisés?

Quando se faz referência à Lei de Moisés nas igrejas, geralmente está se falando dos Dez Mandamentos. Mas esse é um engano, pois cumprir a Lei Mosaica é muito mais: ela é composta de todo o código de leis formado por 613 disposições, ordens e proibições. Em hebraico a Lei é chamada de Torá, que pode significar lei como também instrução ou doutrina. O conteúdo da Torá são os cinco livros de Moisés, mas o termo Torá é aplicado igualmente ao Antigo Testamento como um todo.

Neste artigo usaremos o termo Torá para designar os cinco livros de Moisés, especialmente a compilação das leis mosaicas, as 613 disposições, ordens e proibições que mencionamos.

• A Lei pode ser dividida em Dez Mandamentos , que no hebraico são chamadas simplesmente de As Dez Palavras. Eles regulamentam a relação do ser humano com Deus e com seu próximo.

• No código mosaico encontramos também o Livro da Aliança das Ordenanças Civis e Religiosas, que explica e expõe detalhadamente o significado dos Dez Mandamentos para Israel.

• O código mosaico ainda contém as leis cerimoniais, que regulavam o ministério no santuário do Tabernáculo e, posteriormente, no Templo. Elas tratavam também da vida e do serviço dos sacerdotes.

Em conjunto, todas essas disposições, ordens e proibições formam a Lei Mosaica. No judaísmo ortodoxo, além dessas 613 ordenanças, há ainda as leis do Talmude, a transmissão oral dos preceitos religiosos e jurídicos compilados por escrito entre os séculos III-VI d.C. A Torá e o Talmude são o centro da devoção judaica.

Jesus Cristo e a Lei de Moisés


“São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças,
a legislação, o culto e as promessas” (Rm 9.4).

É interessante observar que Jesus posicionou-se claramente a favor do código legal mosaico, pois disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). Entretanto, Ele rejeitou com veemência as ordenanças humanas e as obrigações impostas apenas pela tradição judaica (compiladas, posteriormente, no Talmude), afirmando: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que podereis aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe, invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes” (Mc 7.8-13).

Jesus defendeu firmemente a Palavra de Deus. Ele considerava o Pentateuco como realmente escrito por Moisés, inspirado por Deus e normativo para Sua própria vida e Seu ministério, pois afirmou: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus” (Mt 5.18-19).

A quem foi dada a Lei de Moisés?

As passagens bíblicas seguintes documentam que a Lei de Moisés foi dada ao povo judeu, ou seja, a Israel:

– “E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje vos proponho?” (Dt 4.8).

– “Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” (Sl 147.19-20).

– “São estes os estatutos, juízos e leis que deu o Senhor entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés” (Lv 26.46).

– “São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas” (Rm 9.4).

A Lei de Moisés foi entregue a Israel

A Lei fez de Israel algo especial, transformando-o em parâmetro para todos os outros povos. A Bíblia exprime essa verdade da seguinte maneira: “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Dt 7.6). Por conseqüência, o Israel do Antigo Testamento era a única nação cuja legislação, jurisdição e jurisprudência tinham sua origem na pessoa do Deus vivo.


Hoje não é essa a situação de Israel, pois o povo continua incrédulo e não está sob o governo do Messias. No futuro, quando Israel tiver se convertido a Jesus, a Lei divina será seguida por todo o povo judeu. O próprio Deus estabelecerá a teocracia como forma de governo, definirá a legislação e executará justiça em Israel. Sobre a situação vigente quando o Messias estiver reinando, a Bíblia diz: “Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso” (Is 11.3-4).

A situação futura das nações será como descreve Isaías 2.3: “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém”. Deus está preparando o cumprimento dessa profecia. Por isso, não devemos nos admirar quando todo o poder das trevas se levanta para atrapalhar, pois o que está em jogo é o domínio divino sobre o mundo, domínio que virá acompanhado de todas as suas abençoadas conseqüências! Quando o Senhor reinar, pecado será pecado, injustiça e mentira serão chamadas pelos seus nomes e acontecerá o que está escrito em Jeremias 25.30-31: “O Senhor lá do alto rugirá e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; rugirá fortemente contra a sua malhada, com brados contra todos os moradores da terra, como o eia! dos que pisam as uvas. Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda a carne; os perversos entregará à espada, diz o Senhor”. A oração de Jesus também se cumprirá: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9-10).

Até que ponto as nações têm o dever de seguir a Lei Mosaica?


Deus queria que Israel fosse uma clara luz no meio da escuridão espiritual
em que viviam os povos e um contraponto às trevas do pecado.

Provérbios 29.18 diz a respeito: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz”. Toda nação que seguir esse conselho se dará bem!

A Lei de Moisés foi entregue ao povo de Israel com a seguinte finalidade: “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida” (Pv 6.23). Deus queria que Israel fosse uma clara luz no meio da escuridão espiritual em que viviam os povos e um contraponto às trevas do pecado. Por essa razão Balaão, o profeta gentio, foi compelido a proclamar: “...eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações. Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas são as tuas moradas, ó Israel!” (Nm 23.9; 24.5). Balaão reconheceu que Deus era com Israel, que Ele velava sobre esse povo, morava no meio dos israelitas e lhes dava segurança e estabelecia a ordem através da Lei.

Mesmo a meretriz Raabe, que vivia na cidade ímpia de Jericó, sentiu-se obrigada a declarar aos dois espias judeus: “Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes” (Js 2.9-11).

Quando a rainha de Sabá (atual Iêmen) visitou o rei Salomão, exclamou admirada: “Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria. Eu, contudo, não cria no que se falava, até que vim e vi com meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade da tua sabedoria; sobrepujas a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos que estão sempre diante de ti e ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no seu trono como rei para o Senhor, teu Deus; porque o teu Deus ama a Israel para o estabelecer para sempre; por isso, te constituiu rei sobre ele, para executares juízo e justiça” (2 Cr 9.5-8).

O nome de Deus era conhecido muito além das fronteiras de Israel. As nações reconheciam que Israel era singular, admiravam seu maravilhoso Templo e vinham para louvar seu Deus. Assim era respondida a oração que Salomão fizera por ocasião da inauguração do Templo: “Também ao estrangeiro, que não for do teu povo de Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua mão poderosa, e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta casa, ouve tu nos céus, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome” (1 Rs 8.41-43).


“Os preceitos do Senhor... são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
Além disso, por eles se admoesta o teu servo;
em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.8,10).

Até que ponto, então, as nações do mundo têm o compromisso de obedecer à Lei de Moisés? Bem, na verdade ninguém tem a obrigação de cumprir lei alguma. Nenhuma nação é obrigada a se orientar pelo código de leis divinas. Mas quando, de livre e espontânea vontade, ela se sujeita às ordens de Deus, essa é a melhor escolha, com os melhores resultados práticos. Cada povo que segue as orientações do Senhor experimenta o que diz o Salmo 19.8-11: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis que o ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa”.
A História nos ensina que os povos que desprezaram as leis divinas de maneira consciente, que as pisotearam, cedo ou tarde desapareceram de cena. Basta pensar na ex-República Democrática Alemã ou na União Soviética, que não existem mais. Mas os povos que estabelecem sua legislação e fundamentam sua constituição sobre as leis divinas, mesmo que seja de maneira imperfeita, são povos abençoados. A Bíblia diz: “Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!” (Sl 144.15).

Será que hoje vivemos estressados, emocionalmente doentes e desorientados porque deixamos de obedecer à Palavra de Deus? Será que os líderes da economia mundial e os políticos tomam tantas decisões equivocadas por negligenciarem a Palavra do Senhor? Será que hoje as pessoas andam insatisfeitas e infelizes porque desprezam as ordens divinas? Com toda a certeza, pois o desprezo pelos decretos divinos sempre acaba conduzindo à ruína – espiritual, emocional e financeira.

A Igreja de Jesus deve cumprir a Lei?

O Senhor Jesus, cabeça da Igreja (Ef 5.23), validou toda a Lei Mosaica, inclusive as 613 disposições, ordens e proibições, ao afirmar: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei” (Lc 16.17). Ele avançou mais um passo, dizendo: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). Jesus, ao nascer, também foi colocado sob a Lei: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4). Ele foi criado e educado segundo os preceitos da Lei, pois cumpria suas exigências.

O Senhor Jesus, porém, não apenas se ateve pessoalmente a toda a Lei de Moisés. Foi essa mesma Lei que O condenou à morte. Quando tomou sobre Si todos os nossos pecados, teve de morrer por eles, pois a Lei assim o exige. Vemos que a Lei foi cumprida e vivida por Jesus, e através dEle ela alcançou seu objetivo. Por isso está escrito que “...o fim da Lei é Cristo” (Rm 10.4).

Quando sou confrontado com a Lei Mosaica, ela me apresenta uma exigência que devo cumprir. Deus diz em Sua Lei : “...eu sou santo...” e exige de nós: “...vós sereis santos...” (Lv 11.44-45). Assim, a Lei me coloca diante do problema do pecado, que não posso resolver sozinho. O apóstolo Paulo escreve: “...eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14).

A lei expõe e revela nossa incapacidade de atender às exigências divinas, pois ela nos confronta com o padrão de Deus. Ela nos mostra a verdadeira maneira de adorá-lO, estabelece as diretrizes segundo as quais devemos viver e regulamenta nossas relações com nosso próximo. Além disso, a Lei é o fundamento que um dia norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for julgada por Deus. Pela Lei, reconhecemos quem é Deus e como nós devemos ser e nos portar. Mas existe uma coisa que a Lei não pode: ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe diante de Deus e mostra que somos pecadores culpados. Essa é sua função.

Lembremos que Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). O Filho de Deus está afirmando que veio a este mundo para cumprir a Lei com todas as suas 613 disposições, ordenanças e proibições. Ele realmente cumpriu todas elas, pelo que está escrito: “...o fim da lei é Cristo” (Rm 10.4). Ele conduziu a Lei ao seu final; ela está cumprida. Por que Ele o fez? Encontramos a resposta quando lemos o versículo inteiro: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). Jesus cumpriu a Lei para todos, mas Sua obra é eficaz apenas para todo aquele que crê. Segundo a Bíblia, que tipo de fé é essa? É a fé que sabe...

...que pessoa alguma é capaz de cumprir a Lei e que ninguém consegue satisfazer as exigências divinas.

... que para isso o Filho de Deus, Jesus Cristo, veio ao mundo, cumprindo as exigências da Lei até nos mínimos detalhes.

...que Jesus Cristo tomou sobre Si, em meu lugar, o castigo da Lei, que é a morte.

Agora, talvez, muitos perguntem: Não estamos removendo a base que sustenta uma ética comprometida ao dizermos que a Lei não vale mais para os cristãos renascidos? Será que saberemos como nos comportar e o que é certo ou errado se dissermos que não é preciso cumprir a Lei de Moisés?

Jesus estabeleceu uma ética muito superior...

...à ética da Lei de Moisés. Ela exige: “Não adulterarás” (Êx 20.14). Mas Jesus disse: “qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28). A lei de Moisés impõe: “Não matarás” (Êx 20.13). Mas Jesus ensina: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44).

A ética estabelecida por Jesus Cristo supera tudo que já houve em matéria de lei moral e toda e qualquer possibilidade dentro da ética humana. Jesus exige que cumpramos normas diametralmente opostas ao nosso comportamento natural. Essa ética estabelecida por Jesus só pode ser seguida por pessoas que nasceram de novo, que entregaram todo o seu ser ao Senhor: “Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei” (Hb 10.16). A Bíblia diz, ainda, acerca dos renascidos: Deus “...nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3.6).

Curiosamente, Paulo escreveu essas palavras justamente à igreja que tinha mais problemas com ira, ciúme, imoralidade, libertinagem e impureza espiritual entre seus membros. Mas, ao admoestá-los, ele estava dizendo aos crentes de Corinto – e, por extensão, a todos nós – que é possível ter uma ética superior e viver segundo os elevados preceitos de Jesus quando nascemos de novo. Com isso os cristãos não estão rejeitando a ética da Lei de Moisés mas estabelecem uma ética muito superior, a ética do Espírito Santo, do qual a Bíblia diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22-23).

Como, porém, colocamos isso em prática? Simplesmente vivendo um relacionamento íntimo e autêntico com Jesus Cristo. O que pensamos, o que falamos, o que fazemos ou deixamos de fazer deve ser determinado somente por Jesus: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus” (Cl 3.17). Na prática, devemos nos comportar como se tudo o que fizermos levasse a assinatura de Jesus. Somente quando nos entregarmos completamente ao Senhor Jesus poderemos produzir fruto espiritual. Quando submetermos nosso ser ao Senhor, o fruto do Espírito poderá crescer em nós em todos os seus nove aspectos. Talvez nós mesmos nem o percebamos, mas certamente as pessoas que nos cercam perceberão que o Espírito está frutificando em nós. Que seja assim na vida de todos nós!

(Samuel Rindlisbacher - http://www.beth-shalom.com.br/)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, agosto de 2004.

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